Empréstimos serão realizados dentro do FGI PEAC, programa emergencial de acesso a crédito. Gustavo Montezano, presidente do BNDES
Antonio Cruz/Agência Brasil
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, disse nesta sexta-feira (27) que serão destinados, até o fim de novembro, R$ 92 bilhões para pequenas e médias empresas dentro do programa emergencial de acesso a crédito, o FGI PEAC.
“Esse fundo, até o fim de novembro, vai ter originado R$ 92 bilhões para pequenas e médias empresas”, disse, ao participar do congresso do mercado de capitais, promovido pela Anbima e pela B3.
Segundo Montezano, o banco de fomento privilegiou as empresas menores em detrimento das grandes, o que gerou até mesmo críticas. “Tomamos uma decisão culturalmente nova no Brasil. Fomos criticados e questionados, mas foi uma decisão espetacular”, afirmou.
O BNDES tem o desafio de se integrar mais com o mercado e cofinanciar operações, disse o executivo: “Nossa ideia é convidar e abrir as portas para cofinanciar”.
Ele disse que o principal gargalo no Brasil é o apetite por risco de projetos. O BNDES atuou ao longo dos anos com fianças e avais corporativos e o mercado de “project finance” não se desenvolveu.
O potencial de privatizações e concessões no país é maior do que o imaginado, disse Montezano. Somente no setor de infraestrutura, ele citou um portfólio de investimentos de quase R$ 200 bilhões, mencionando, por exemplo, os trabalhos para privatização da Cedae, empresa de água e esgoto do Rio de Janeiro.
“O pipeline de privatizações está rodando. O processo de privatizações é lento e burocrático, tem que ser. Estamos falando de bens públicos”, afirmou.
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