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BRASIL EM ALERTA COM NOVOS DADOS DA COVID

BRASIL EM ALERTA COM NOVOS DADOS DA COVID

Média móvel de mortes por covid-19 no Brasil nas últimas duas semanas está crescendo, calculada em cima dos dados oficiais do Ministério da Saúde.
Ontem (17), a taxa chegou a 586, acima da contabilizada nas últimas 24 horas, que marcou 513. Na comparação com a registrada há 14 dias, houve alta de 54,9%.

TRANSMISSÃO – A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus voltou a subir no Brasil, segundo monitoramento do Imperial College de Londres, no Reino Unido.
O índice está em 1,10. Isso significa que cada grupo de cem pessoas contaminadas transmite o vírus para outras 110 pessoas.
Pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Estadual Paulista perceberam que, no começo de novembro, aconteceu mudança na tendência da transmissão. A curva de contágio voltou a subir, um reflexo do aumento nas internações, em meados de outubro, na média do país.
No estado de São Paulo, a taxa de transmissão está acima de 1 (1,05), o que indica tendência de aceleração nas infecções. Na capital, o índice está ainda mais alto. A tendência é que passe dos atuais 1,36.

QUARENTENA – Governo de São Paulo prorrogou a quarentena no estado até 16 de dezembro, por aumento nas internações por Covid-19.
Na última semana epidemiológica, as internações cresceram 18% em relação à semana anterior. A média diária das novas internações subiu de 859 para 1.009.

OTIMISMO – A indústria brasileira demonstra otimismo em relação a 2021. O resultado consta de pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Segundo o levantamento, 62% das indústrias acreditam que o faturamento subirá no próximo ano. O resultado vem embalado pela recuperação do setor, com as indústrias tendo ao menos retomado os níveis de produção (70%) e de faturamento (69%) na comparação com os números de fevereiro, antes do início da pandemia.
Em relação ao nível de mão de obra, a pesquisa mostrou que 73% das indústrias têm o mesmo número de trabalhadores ativos ou estão com mais empregados na comparação com fevereiro. Apenas 27% estão com menos trabalhadores que antes da pandemia.
De acordo com a pesquisa da CNI, 30% das indústrias ainda estão faturando menos que no período pré-pandemia. Embora 87% das empresas tenham sido afetadas pela crise econômica, 45% declaram que a produção atual é maior que a de fevereiro e 49% estão faturando mais que no segundo mês do ano.

EXPORTAÇÕES – Indústria de transformação brasileira mostrou melhora nas exportações em outubro, puxada por aumento nas vendas de açúcar, aeronaves e automóveis. Os dados são da Fundação Getúlio Vargas.
De janeiro a outubro, o volume exportado pela agropecuária cresceu 13,1% em relação ao mesmo período de 2019.
A indústria extrativa teve avanço de 0,8%, enquanto a indústria de transformação acumula queda de 5,6%.

BRICS – Presidente Bolsonaro, em vídeoconferência na 12ª cúpula de líderes dos Brics, defendeu a reforma de três organismos internacionais: OMS (Organização Mundial de Saúde), OMC (Organização Mundial do Comércio) e Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Bolsonaro também cobrou dos países participantes do bloco econômico empenho para a entrada de alguns de seus representantes no Conselho de Segurança.
O bloco é formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, países que juntos são responsáveis por 23% do PIB mundial e têm 30% do terrítório habitável do planeta.

MEIO AMBIENTE – Bolsonaro abordou a questão do meio ambiente no Brics. Falou de “injustificáveis ataques que nós recebemos no tocante á nossa região amazônica”.
Nesse momento, Bolsonaro fez uma ameaça aos países críticos à atuação nacional na preservação da floresta.
“A nossa Polícia Federal desenvolveu agora a utilização de isótopo-estável, tipo DNA, para permitir a localização da origem da madeira apreendida e exportada. Revelaremos nos próximos dias o nome dos países que importam essa madeira ilegal”.

INFLAÇÃO – Equipe econômica do Governo alterou a previsão da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de 2,35% para 4,1% em 2020.
Nova projeção consta do Panorama Macroeconômico de novembro, do Ministério da Economia.
Isso significa que o salário mínimo deverá ser maior do que o previsto em agosto deste ano.

APAGÃO – -Amapá registrou novo apagão total ontem (17), por volta das 20h30, atingindo 13 cidades, que já estavam com fornecimento racionado. O Operador do Sistema Elétrico (ONS) confirmou que houve novo desligamento no Amapá e que está trabalhando para restabelecer a totalidade das cargas no estado.
Ontem, a agência reguladora Aneel prometeu atribuir responsabilidades aos culpados por esta crise em 10 dias, com punições a serem anunciadas.

VOTAÇÕES – O Senado pode votar matérias hoje (18) e amanhã (19). Um dos itens da pauta é o projeto que trata da terceira etapa do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
Outro é o projeto que repassa recursos da União para estados e municípios, como compensação por perdas de arrecadação provocadas pela Lei Kandir.
Na Câmara dos Deputados, não consta pauta de votações para hoje, mas a bancada ligada ao Governo tenta suspender o bloqueio das últimas semanas, inclusive em relação ao Orçamento da União.

AGENDA – Presidente Bolsonaro está hoje em Flores de Goiás, participando de cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural.

ECONOMIA – Bolsa de Valores subiu ontem 0,8% e fechou no maior patamar desde fevereiro, dessa vez puxada pelas ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e pela Vale (VALE3), atingindo 107,248 pontos.
Dólar a R$ 5,32.

Por RENATO RIELLA

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