Estudo mostra que o plástico está em todos os lugares, mesmo nos mais remotos.Equipe coletou, em 2017, amostras de sedimentos do fundo do mar na Grande Baía da Austrália. Plástico no fundo do mar perto da ilha de Andros, na Grécia, em foto de julho de 2019
Stelios Misinas/Arquivo/Reuters
Um novo estudo da agência científica nacional da Austrália (CSIRO) e publicado na revista “Frontiers in Marine Science” estimou que existam 14,4 milhões de toneladas de microplásticos no fundo do oceano – 30 vezes mais plástico do que na superfície.
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A equipe usou um submarino robótico para coletar, em 2017, amostras de sedimentos do fundo do mar em seis locais remotos a cerca de 300 km da costa sul do país, na Grande Baía da Austrália.
Os pesquisadores analisaram 51 amostras e descobriram que cada grama de sedimento continha uma média de 1,26 pedaço de microplástico. Isso é até 25 vezes mais microplásticos do que estudos anteriores em águas profundas, segundo os pesquisadores.
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Pixabay/Divulgação
Ao jornal “The Guardian”, a coautora da pesquisa Denise Hardesty disse que o estudo mostra que o plástico está em todos os lugares, mesmo nos mais remotos. “Isso nos dá uma pausa para pensar sobre o mundo em que vivemos e o impacto de nossos hábitos de consumo.”
Originários de fontes diversas como roupas sintéticas, pneus e tintas, esses pedaços minúsculos de plástico têm 5 mm ou menos de diâmetro e são o resultado da quebra de plásticos maiores.
As amostras foram coletadas em março e abril de 2017 em uma faixa de profundidades entre 1.655 metros e 3.062 metros.
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