EUA afirmam que a empresa chinesa representa um risco de segurança aos países que utilizarem seus equipamentos de telecomunicações. Companhia nega as acusações. Celulares da Huawei são exibidos em uma loja de serviços de telecomunicações em Hong Kong
Kin Cheung/AP
A Huawei está pronta para ter sua tecnologia examinada minuciosamente para mostrar que não representa qualquer risco de segurança aos países que incluírem seus equipamentos em redes de telefonia móvel 5G, afirmou o diretor da subsidiária italiana da companhia chinesa nesta quarta-feira (30).
“Vamos abrir nossos sistemas, estamos disponíveis para sermos vistoriados e respondermos a toda esta pressão política”, disse Luigi De Vecchis em cerimônia de abertura de um centro de cibersegurança do grupo em Roma.
O comentário foi feito no mesmo dia em que o secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, começou uma visita de dois dias à Itália.
Os EUA afirmam sem mostrar provas que a Huawei representa um risco de segurança aos países que utilizarem seus equipamentos em redes de telefonia. A Huawei tem negado repetidamente as acusações.
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“Não tenho palavras para dizer que um país do tamanho dos EUA ataque outro por meio da destruição, via acusações sem fundamento, de uma companhia deste país”, disse De Vecchis.
O executivo afirmou que apesar de toda a pressão a Huawei não tem intenção de deixar o mercado italiano e que está considerando adicionar outros produtos à sua oferta local, como os voltados para a área de energia.
“É extremamente improvável que a Huawei vai deixar o mercado por causa da atual situação”, disse o executivo.
Durante visita ao premiê italiano, Giuseppe Conte, Pompeo ressaltou os significativos laços e investimentos entre EUA e Itália e alertou sobre os riscos do país fazer negócios com a China, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA.
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