Mutum-de-penacho e o Aracuã-paulista foram avistadas durante programa de conservação da hidrelétrica de Marimbondo, criado por exigência do Ibama. Mutum-de-Penacho é identificado em áreas de conservação da hidrelétrica de Marimbondo em Fronteira
Marcos Silva/Save Brasil/Divulgação
Duas aves ameaçadas de extinção foram monitoradas durante a primeira etapa do programa de conservação desenvolvido na área da usina hidrelétrica de Marimbondo, localizada no Rio Grande, entre os municípios de Fronteira (MG) e Icém (SP). A ação foi iniciada em 2019 e seguiu a legislação ambiental.
As aves conservadas foram o Mutum-de-Penacho (Crax fasciolata) e do Aracuã-Paulista (Ortalis remota). O programa foi criado como uma das exigências do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Conservação
De acordo com a empresa Furnas Centrais Elétricas, responsável pela hidrelétrica, o programa monitorou 10 áreas do entorno da usina, e durante as campanhas desenvolvidas trimestralmente, o registro de pelo menos uma das espécies foi feito em sete delas.
O trabalho levou um ano para ficar pronto e, ao final, elaboramos um relatório da ação com as diversas informações catalogadas, que foi encaminhado ao Ibama para análise
Ainda segundo a companhia, o trabalho de observação das aves ocorreu por meio de caminhadas em um raio de 1 km das áreas demarcadas. A cada 200 metros, os pesquisadores reproduziram o som das aves e aguardaram resposta. Armadilhas fotográficas também foram instaladas para registro dos animais.
Aracuã-paulista é identificado em área de conservação da hidrelétrica de Marimbondo em Fronteira
Marcos Silva/Save Brasil/Divulgação
Outra etapa do programa entrevistou cerca de 100 moradores da região sobre o conhecimento que tinham das espécies. A empresa também distribuiu 900 cartilhas com informações das aves.
“Produzimos um vasto conhecimento da fauna silvestre nos empreendimentos da empresa ao longo dos anos. As informações reunidas são essenciais para o aprofundamento da realidade ambiental local onde cada ativo está inserido, a preservação das espécies e para estudos acadêmicos que contribuem para o aprimoramento da fauna brasileira”, completou o gerente de gestão do Meio Físico-Biótico de Furnas, Renê Gomes Reis Junior.
O programa identificou, ainda, a presença de outros animais como a onça-parda, lobo-guará, bugio, lontra, chopim do brejo, entre outras espécies.
Próxima etapa
Conforme Furnas, a segunda etapa do programa de conservação está alinhada com a política ambiental e prevista pelo plano estratégico da empresa. No entanto, não foi informada a previsão de início da fase.
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