A moeda europeia se valorizou após a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) e dos comentários da presidente da instituição. As bolsas europeias fecharam em queda nesta quinta-feira (10), pressionadas por uma forte valorização do euro após a decisão de política monetária do Banco Central Europeu e dos comentários da presidente da instituição na sua entrevista coletiva, após a divulgação da decisão.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, disse nesta quinta que a autoridade monetária europeia não tem meta para o câmbio, ainda que a autoridade vá “monitorar cautelosamente” a apreciação do euro. A moeda única anotou forte alta frente ao dólar, atingindo a máxima intradiária de US$ 1,19175 e pressionando as ações dos exportadores europeus.
Assim, o índice pan-europeu Stoxx Europe 600 fechou em queda de 0,59%, a 367,48 pontos. O FTSE 100, índice de referência da bolsa de Londres, recuou 0,16%, a 6.003,32 pontos, enquanto o DAX, de Frankfurt, caiu 0,21%, a 13.208,89 pontos, e o CAC 40, de Paris, cedeu 0,38%, a 5.023,93 pontos.
A bolsa de Londres operou em alta até os instantes finais da sessão, recebendo suporte de uma forte desvalorização da libra. A moeda britânica é pressionada pelas novas incertezas em torno do Brexit, depois que o primeiro-ministro Boris Johnson apresentou planos para modificar partes do acordo de saída, relativas à Irlanda do Norte, uma manobra que gerou críticas de representantes europeus e até de aliados do Partido Conservador, liderado por ele.
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A União Europeia (UE) deu ao Reino Unido até o fim de setembro para modificar um projeto de lei apresentado nesta semana que, na visão do bloco, viola o acordo do Brexit. O prazo foi dado nesta quinta-feira (10), durante uma reunião emergencial convocada pelo bloco.
As ações do setor bancário, de maior peso no Stoxx 600, fecharam a sessão em queda de 0,46%, ajudando a puxar os índices para baixo. As ações de saúde, que incluem as das farmacêuticas, recuaram 0,79% no dia.
A ação da AstraZeneca fechou em queda de 0,61% em Londres, apesar do presidente da companhia ter dito que a vacina, em desenvolvimento em parceria com a Universidade de Oxford, ainda pode estar pronta até o fim do ano, a despeito da interrupção dos testes nesta semana.
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