Valores englobam aplicações em ações, fundos de investimento e títulos da dívida pública. BC informou que, em doze meses até junho, retirada soma US$ 47,9 bilhões. Os investidores retiraram US$ 31,252 bilhões de aplicações financeiras no Brasil nos seis primeiros meses deste ano, informou nesta terça-feira (28) o Banco Central.
Os valores englobam ações, fundos de investimentos e títulos da renda fixa.
Segundo a instituição, essa é a maior saída de recursos de aplicações financeiras da economia brasileira desde o início da sua série histórica, em 1995, ou seja, em 26 anos.
Essa retirada também representa reversão em relação ao registrado no mesmo período do ano passado – quando US$ 9,087 bilhões ingressaram na economia brasileira.
As retiradas aconteceram em meio à pandemia do novo coronavírus – que tem gerado saída de recursos de países emergentes para títulos de países desenvolvidos, como os Estados Unidos.
“Essa saída se concentra fundamentalmente em março, com US$ 22,2 bilhões [de retirada], 2/3 do total [do semestre] em um mês único. Essa saída de março, especificamente, está muito relacionada às incertezas daquele momento mais agudo da crise, ou à véspera daquele momento”, disse Fernando Rocha, chefe do Departamento de Estatísticas do BC.
Em doze meses até junho deste ano, acrescentou o Banco Central, a retirada de recursos de aplicações financeiras no Brasil somou US$ 47,9 bilhões.
Somente no mês de junho, porém, o BC registrou ingresso de US$ 2,38 bilhões em aplicações financeiras no Brasil.
“A gente viu esse retorno em junho, mas não dá pra afirmar ainda que é permanente. Em julho [parcial até o dia 23], está meio zero a zero. Daí por diante, se as condições normalizarem, não só da economia brasileira, mas a mundial, a gente pode ver um cenário de recuperação ao menos gradual desses impactos”, acrescentou Rocha, do BC.
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