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Meio Ambiente

Operação contra grilagem de terra é realizada em reserva de RO; famílias relatam ameaças

Ação teve início no início deste mês. Materiais usados na prática do crime ambiental foram apreendidos. Operação contra grilagem de terra começou no início deste mês em Guajará-Mirim.
Divulgação/PMA
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e equipes da Polícia Militar Ambiental realizam uma operação de fiscalização e combate a grilagem de terra pública, na Reserva Extrativista Rio Ouro Preto, em Guajará-Mirim (RO).
Conforme o levantamento repassado nesta segunda-feira (13) sobre as ações à Rede Amazônica, duas famílias foram obrigadas a saírem de suas áreas após ameaças de grileiros.
A Operação 4, de fiscalização e combate a grilagem na região, começou a ser realizada no início de julho na região. Com 170 famílias, a reserva integra o maior bloco de área protegida do Estado de Rondônia.
Segundo um levantamento preliminar feito pelo ICMBio foram lavrados:
11 autos de infração por: desmatamento, extração irregular de madeira, destruição das unidades de pesquisas instaladas no ramal dos seringueiros para monitoramento da biodiversidade, entrada irregular na unidade de conservação e introdução de espécies exóticas (gado);
embargo de três áreas, totalizando até hoje: 100 hectares de área embargada, que foram desmatadas;
apreensão de um caminhão com 110 estacas para cercamento, totalizando 3,51 m³ de madeira;
apreensão de 11,2 m³ de mourão e 6,81 m³ de réguas/ripas.
Ainda de acordo com o levantamento, também foram registrados dois boletins de ocorrência por dois comunitários do Ramal dos Seringueiros, que foram obrigados e ameaçados a saírem das suas áreas.
As ameaças estão sendo encaminhadas pelo instituto ao Ministério Público Federal (MPF) e para a Polícia Federal (PF) para identificação dos autores.
Levantamento na ação aponta que famílias da área são ameaçadas por grileiros.
Divulgação/PMA
Alertas de desmatamento em junho
A Amazônia registrou 1.034,4 km² de área sob alerta de desmatamento em junho, recorde para o mês em toda a série história, que começou em 2015. No acumulado do semestre, os alertas indicam devastação em 3.069,57 km² da Amazônia, aumento de 25% em comparação ao primeiro semestre de 2019.
Os dados são do sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), atualizados na última semana.
O Brasil enfrenta pressão de investidores estrangeiros para diminuir o desmatamento na Amazônia. Nesta quinta-feira (9), o vice-presidente Hamilton Mourão disse para investidores que o Brasil busca reduzir o desmatamento, mas os dados mostram aumento na tendência de desmate.

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