O mês de outubro registrou queda recorde. Mas de acordo com o Inpe, em todo o ano passado, só na Amazônia foram 89.176 focos. Em 2018, o número registrado foi 68.345. Salles diz em BH que reduziu queimadas ao menor patamar em 20 anos, mas desempenho em 2019
O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, disse em Belo Horizonte nesta segunda-feira (6) que, em 2019, o governo federal reduziu os focos de queimadas aos menores números dos últimos 20 anos.
“O governo federal no ano passado por determinação do presidente Bolsonaro instituiu a operação da Garantia da Lei e da Ordem e reduziu os índices de queimada aos menores patamares dos últimos 20 anos. Graças, portanto, a essa operação da GLO, repetida este ano. Já na operação Verde Brasil 2 nós temos a perspectiva de controle de queimadas.
Salles não disse se o dado se referia ao ano todo ou a um mês específico. Em outubro de 2019, o Instituto Nacional de Registros Espaciais (Inpe) registrou o menor número de queimadas para um mês de outubro desde 1998, quando o órgão começou a fazer o monitoramento. As imagens de satélite detectaram 7.855 focos de incêndio em toda a Amazônia.
Porém, de acordo com o Programa Queimadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o retrato do ano todo aponta um aumento nas queimadas. Só na Amazônia, foram 89.176 focos em 2019, pior que em 2018 (68.345) e quase o dobro de 2000, quando foram identificados 49.168 focos. Ano passado foi registrado o 11º pior resultado em 20 anos, de acordo com dados do Inpe.
Em todo o país, o número de focos de queimadas também aumentou. Em 2019, foram 197.632. Já no ano anterior, o resultado foi melhor, 132.872. Em 2000, 101.530 focos foram registrados.
O ministro também disse em Belo Horizonte que o governo federal dobrou a quantidade de brigadistas temporários que estão sendo recrutados este ano. São 1,6 mil homens contratados através do ICMBio e 1,4 mil brigadistas através do Ibama.
Fumaça sobe durante incêndio em uma área da floresta amazônica perto de Porto Velho (RO) em 10 de setembro de 2019
Bruno Kelly/Reuters/Arquivo
Multa contra a Vale
A multa de R$ 250 milhões aplicada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) após a tragédia de Brumadinho, em janeiro de 2019, e que não foi paga pela Vale, será investida em sete parques nacionais em Minas Gerais e em programas de saneamento.
O desastre da barragem da Vale matou 270 pessoas. Destas, onze continuam desaparecidas.
De acordo com anúncio do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, em Belo Horizonte, nesta segunda-feira (6), o dinheiro será liberado pela empresa a partir do momento em que projetos de reestruturação forem feitos. Porém, ele não deu nenhum prazo para que isso aconteça.
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