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Socorro ao setor elétrico fará reajuste da conta de luz ser 4 vezes menor, diz Aneel

Ana Flor: reajuste na conta de luz deverá ser quatro vezes menor com socorro ao setor elétrico
O socorro de R$ 16,1 bilhões ao setor elétrico, apelidado de “conta-covid”, deve reduzir em mais de quatro vezes o reajuste da conta de luz para os consumidores em 2020. A previsão é da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pela aprovação do empréstimo na semana passada.
Segundo dados oficiais antecipados ao blog pela própria Aneel, com a ajuda ao setor, a média dos reajustes de tarifa aprovados até o fim do ano cairá de 12,6% para 2,9%.
A redução será possível porque a operação de empréstimo coordenada pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), na qual bancos privados brasileiros e estrangeiros tomarão parte, permitirá às distribuidoras diluírem custos ao longo dos 65 meses em que pagarão os valores emprestados.
Segundo a Aneel, o impacto na redução das tarifas considera a adesão de todas as distribuidoras de energia à operação de empréstimo. As empresas que não aderirem ao socorro não poderão aplicar o desconto ao reajuste.
Os valores médios emprestados podem variar de empresa para empresa. Um exemplo foi o reajuste aprovado nesta semana para a Enel São Paulo, de 4,23%. Sem a “conta-covid”, os clientes da empresa paulista pagariam um reajuste médio de 12,22%.
O socorro foi desenhada pela Aneel com os ministérios de Minas e Energia e da Economia, com o BNDES, após amplo diálogo com representantes do setor.
O objetivo é amortecer os impactos da pandemia do novo coronavírus nas contas de luz e injetar liquidez nas empresas do setor elétrico. A ajuda foi regulamentada pela Aneel no dia 23 de junho.
Apesar do aumento do consumo residencial, os últimos meses registraram queda abrupta do consumo de energia comercial e industrial.
O reajuste do preço da energia gerada na Usina Hidrelétrica de Itaipu, no Paraná, por exemplo, é afetado pela variação do dólar. Se não houvesse a “conta-covid”, esta e outras despesas seriam incluídas integralmente nas contas de luz já nos próximos reajustes, para serem pagas em 12 meses.

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