Na véspera, Ibovespa subiu 1,21%, a 96.203, após ter salto de 30,2% no 2º trimestre. Fachada do prédio da B3, a bolsa brasileira, no Centro de São Paulo
Rahel Patrasso/Reuters
O principal índice da bolsa de valores brasileira, a B3, opera em alta nesta quinta-feira (2), embalado pelo viés positivo nos mercados acionários no exterior, bem como pelos preços de commodities e dados positivos do mercado de trabalho dos EUA.
Às 10h49, o Ibovespa subia 1,19%, a 97.344 pontos. Veja mais cotações.
Na véspera, o Ibovespa subiu 1,21%, a 96.203 pontos.
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Cenário externo e local
No exterior, os índices de Wall Street operavam em alta, diante de expectativas de uma recuperação rápida da economia e esperanças de uma vacina contra a Covid-19, e após a criação de 4,8 milhões de vagas de emprego nos EUA em junho, bem acima da expectativa de consenso, de criação de 2,9 milhões.
O Departamento do Trabalho dos EUA informou ainda que o número de pedidos iniciais de seguro-desemprego caiu a 1,427 milhão na semana passada.
Na cena doméstica, o IBGE divulgou nesta quinta que a produção industrial cresceu 7% em maio, após 2 meses de queda.
Recuperação e perspectivas
A queda de 17,80% da bolsa no ano refletiu as incertezas provocadas pela pandemia do novo coronavírus no início de 2020. No primeiro trimestre, a bolsa chegou a ter um tombo de quase 37%.
Porém, o índice começou a se recuperar no segundo trimestre, impulsionado pela ampla liquidez global decorrente, principalmente, de medidas de vários países para combater os impactos econômicos da pandemia, mas também pela queda da Selic a mínimas históricas.
Um dos destaques para a performance das ações brasileiras no trimestre foi o fluxo histórico de pessoas físicas para a renda variável, apesar da forte volatilidade com a pandemia e cenário político turbulento no Brasil. E o mês de junho também mostrava fluxo positivo de estrangeiros até o dia 26.
Na visão do gestor Werner Roger, da Trígono Capital, o mercado tende a continuar com a disputa entre os que consideram a alta das ações exagerada, de que as economias ainda vão sofrer; e aqueles que avaliam que os estímulos e principalmente os juros baixos mudam o cenário.
“Principalmente aqui no Brasil, (a queda dos juros) mudou completamente o cenário, não restou muita opção de investimentos”, disse à Reuters, avaliando que ficou barato investir em renda variável e afirmando estar do lado do grupo que acredita que os níveis de preço no mercado se justificam.
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Economia/G1
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