Moradores do Brasil e Estados Unidos não estão entre os que poderão entrar na Europa a partir de 1º de julho. Fronteiras estão se reabrindo para estimular o setor aéreo e os destinos turísticos. Turistas passam pelo Coliseu, em Roma, no dia 22 de junho de 2020
Vincenzo Pinto / AFP
Os países da União Europeia (UE) aprovaram nesta terça-feira (30) a reabertura das fronteiras a partir de 1º de julho aos turistas de 15 países — moradores do Brasil, Estados Unidos, Turquia e Rússia, por enquanto, têm o acesso proibido.
Antes dessa mudança, só estavam autorizadas as viagens essenciais.
A lista dos autorizados, que será revisada a cada duas semanas, inclui Argélia, Austrália, Canadá, Geórgia, Japão, Montenegro, Marrocos, Nova Zelândia, Ruanda, Sérvia, Coreia do Sul, Tailândia, Tunísia e Uruguai, além da China, mas o gigante asiático, sob critérios de reciprocidade, informou o Conselho da UE em um comunicado.
Foram usados critérios de saúde. O país de residência do turista, e não a sua nacionalidade, será o fator chave para determinar se eles poderão entrar ou não na União Europeia, de acordo com as autoridades.
Espanha vai adiantar a reabertura das fronteiras com os vizinhos da União Europeia
Os 27 países que compõem o bloco europeu não são obrigados legalmente a adotar a resolução, mas se não fizerem isso, correm risco de ter as suas fronteiras com outros países da Europa fechada -portanto, dificilmente algum país terá uma política diferente.
Fora da lista
Rússia, Brasil, Turquia e EUA estão entre os países onde a contenção do vírus é considerada pior que a média da União Europeia. Esses países terão que esperar uma revisão por ao menos mais duas semanas.
Europa deve restringir entrada de brasileiros
A medida visa dar apoio ao setor de viagens e aos destinos turísticos, particularmente os países do sul da Europa, que são os mais atingidos pela pandemia.
A lista precisava de uma maioria qualificada de países europeus para ser aprovada — ou seja, 15 países que representassem 65% da população.
Os países membros podem restringir a entrada de pessoas das 15 nações que foram liberadas.
Os critérios que a UE vai levar em conta são os seguintes:
Índice do número de novos casos de Covid-19 nos últimos 14 dias por número de habitantes deve ser perto do europeu;
Tendência de aceleração ou queda no 14 dias anteriores;
Resposta geral à Covid-19, levando em conta as informações disponíveis, incluindo aspectos como testagem, vigilância, rastreamento de contato, contenção, tratamento e notificação, assim como a confiabilidade das informações e, se for necessário, a nota geral das regulações internacionais de saúde.
Viagens essenciais
Os moradores dos países que não estão na lista não podem entrar na Europa, mas há exceções. São elas:
Cidadãos europeus e seus familiares;
Residentes antigos na União Europeia e seus familiares;
Viajantes que têm necessidade essencial ou precisam cumprir uma atividade essencial.
Países europeus adotam políticas diferentes
Os esforços da UE para reabrir as fronteiras internas, especialmente entre os 26 países da área Schengen, que geralmente não têm nenhum controle, tem sido desigual. Moradores de algumas nações ainda têm acesso restrito a certos países.
A Grécia exige testes de Covid-19 para quem chega da França, Itália, Espanha e Holanda. Os visitantes precisam ficar em isolamento até que saiam os resultados desses testes.
A República Tcheca não aceita turistas de Portugal e da Suécia.
Os residentes do Reino Unido podem viajar a muitos dos países da UE, mas aqueles que não estiverem fazendo viagens essenciais precisam se isolar por duas semanas.
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