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Copom faz novo corte, e juro básico cai para 2,25% ao ano

Taxa estava em 3% ao ano desde o dia 6 de maio. Próxima reunião do comitê está marcada para os dias 4 e 5 de agosto. O Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) reduziu nesta quarta-feira (17) a taxa básica de juros da economia brasileira de 3% para 2,25% ao ano. Esta foi a oitava redução consecutiva. A decisão foi unânime.
O corte renovou o menor patamar histórico para a taxa Selic desde 1999, quando entrou em vigor o regime de metas para a inflação.
A decisão do Copom foi tomada em um momento de forte redução do nível de atividade da economia mundial em razão da pandemia do coronavírus, o que tem impactado os índices de inflação.
Em comunicado, o comitê afirmou que o momento exige estímulo monetário extraordinariamente elevado, mas reconheceu também que “o espaço remanescente para utilização da política monetária é incerto e deve ser pequeno”.
O Copom também informou que que os cortes na Selic já implementados parecem compatíveis com os impactos da pandemia da Covid-19, e que “um eventual ajuste futuro no atual grau de estímulo monetário será residual”.
Na última reunião, os membros do comitê já haviam afirmado que consideravam um último corte para esta reunião.
O governo brasileiro já admite um tombo de 4,7% para o Produto Interno Bruto (PIB) neste ano, enquanto os economistas do mercado financeiro estimam um recuo de 6,5% em 2020.
No comunicado, o Copom destaca que a divulgação do PIB do primeiro trimestre confirmou a maior queda desde 2015, refletindo os efeitos iniciais da pandemia. E, que indicadores sugerem que a contração no segundo trimestre será ainda maior.
Com a forte queda da atividade econômica, os preços têm caído. Em maio, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou deflação de 0,38%. Foi o segundo mês consecutivo de queda nos preços e o menor índice desde agosto de 1998.
O mercado financeiro prevê que o IPCA ficará em 1,60% neste ano, isto é, abaixo do piso de 2,5% previsto pelo sistema de metas.
Pela regra vigente, o IPCA pode oscilar de 2,5% a 5,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Quando a meta não é cumprida, o BC tem de escrever uma carta pública explicando as razões.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
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Aplicações renderão menos
A redução da Selic também afeta aplicações financeiras como a caderneta de poupança e os investimentos em renda fixa.
No caso da poupança, a regra atual de remuneração prevê que os rendimentos estão atrelados aos juros básicos sempre que a Selic estiver abaixo de 8,5% ao ano.
Nesse cenário, a correção anual das cadernetas fica limitada a um percentual equivalente a 70% da Selic, mais a Taxa Referencial, calculada pelo Banco Central. A norma vale apenas para depósitos feitos a partir de 4 de maio de 2012.
Com o juro da economia em 2,25% ao ano, a correção da poupança será de 70% desse valor – o equivalente a 1,575% ao ano, mais a Taxa Referencial.

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