Cientistas apontam que com nova temporada de grandes incêndios na região, problemas respiratórios decorrentes da fumaça podem piorar infecções da Covid-19. Vista áerea mostra área desmatada da Amazônia próxima a Porto Velho, em Rondônia, em setembro de 2019.
Bruno Kelly/Reuters
Uma temporada intensa de incêndios na floresta amazônica neste ano poderia sobrecarregar os sistemas de saúde e provocar mortes desnecessárias, inclusive de coronavírus, já que a poluição agrava problemas respiratórios, disseram especialistas de saúde pública nesta quarta-feira (17).
Os incêndios florestais destroem muitos milhares de hectares da floresta tropical amazônica em toda a América Latina a cada ano. Agora que o auge das queimadas se aproxima, especialistas dizem que incêndios intensos e as partículas que emanam podem exacerbar as infecções de coronavírus.
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“Está comprovado que a exposição crônica a estes pequenos particulados aumenta o risco de doenças respiratórias, doenças cardiovasculares e morte prematura”, disse o ex-presidente do Instituto de Medicina dos Estados Unidos, Harvey Fineberg, a jornalistas em uma coletiva de imprensa virtual.
As infecções de coronavírus na América Latina passam de 1,7 milhão, e mais de 83,5 mil pessoas já morreram na região, de acordo com uma contagem da Reuters.
Manaus, cidade de 2 milhões de habitantes no coração da Amazônia brasileira, já foi atingida duramente pelo vírus. Do outro lado da fronteira, a província colombiana de Amazonas também tem enfrentado taxas altas de infecções de coronavírus. A região tem uma população de cerca de 66 mil habitantes e já relatou mais de 2.100 casos.
Os temores dos efeitos da poluição durante a pandemia também se fizeram sentir no Chile, onde especialistas alertaram para a “tempestade perfeita” de um inverno frio que levará as pessoas a queimarem mais lenha, especialmente no sul do país.
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