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Meio Ambiente

App para denúncia de queimadas urbanas é disponibilizado em Ji-Paraná, RO; saiba como baixar

Plataforma permite também que o denunciante registre as proporções do crime ambiental. Denúncias podem ser feitas de forma identificada ou anônima. App Guardiões da Amazônia para denúncias de queimadas urbanas já pode ser baixado em Ji-Paraná.
Divulgação/Google Play
Um aplicativo para que a população de Ji-Paraná, região central de Rondônia, possa denunciar queimadas urbanas já pode ser baixado pelos sistemas android e smartphone.
A nova plataforma, chamada Guardiões da Amazônia, chegou a ser anunciada pela prefeitura da cidade e o lançamento ocorreu na última semana. As denúncias podem ser feitas de forma identificada ou anônima.
Em Rondônia, o banco de dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), detectou 235 focos de queimadas entre janeiro de 2020 e esta segunda-feira (8). Em comparação com o mesmo período de 2019, foram captados 117 pontos ativos, representando aumento de 100% de um ano a outro.
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Segundo o executivo municipal, para baixar o Guardiões da Amazônia, é só acessá-lo em qualquer loja virtual e fazer o download que, na sequência, será instalado no celular automaticamente. A ferramenta virtual possui uma interface de simples navegação e mecanismos a serem utilizados.
O objetivo é permitir que os órgãos de controle e fiscalização possam agir com mais eficiência para apurar e autuar os responsáveis pelas queimadas. O aplicativo já é usado por equipes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, Bombeiros Civis e Polícia Ambiental da cidade.
Com o sistema, desenvolvido pela 17ª Brigada de Infantaria e Selva do Exército, é possível identificar o local exato do foco de queimada a partir de uma foto enviada pelo denunciante. Os registros também permitem que os órgãos de controle e fiscalização acessem as coordenadas geográficas.
Aplicativo Guardiões da Amazônia
Prefeitura de Ji-Paraná/Divulgação
O aplicação ainda tem a opção de registrar as proporções do crime ambiental em si, além de um campo para descrever observações.
A foto será usada como prova contra os responsáveis pelo delito, já que o banco de dados conseguirá registrar o local exato da queimada com latitude, longitude e o tamanho da área afetada. Conforme a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, desde o lançamento, 17 denúncias de queimadas urbanas foram feitas por meio da plataforma.
Temporada de queimadas
As internações por doenças respiratórias deverão aumentar durante a “temporada do fogo” na Amazônia, que ocorre geralmente a partir de junho e julho.
De acordo com relatório do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) divulgado nesta segunda-feira (8), quanto mais queimadas na floresta, maior será a poluição do ar. O número de pacientes nos hospitais já sobrecarregados pela Covid-19 irá subir nos próximos meses.
Rondônia está entre os quatro estados que concentram 88% da área desmatada e que ainda não foi queimada: Pará (42%), Mato Grosso (23%) e Amazonas (10%). A região segue atrás de Mato Grosso, com 13% de mata “pronta para queimar”.
Fumaça das queimadas na Amazônia causam problemas respiratórios.
Carl de Souza/AFP
Em entrevista exclusiva à Rede Amazônica, o governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha (sem partido), declarou que a fumaça causada pelas queimadas “vai matar mais pessoas” por problemas respiratórios e o novo coronavírus.
“Se a gente já tem problema respiratório nesse período de queimada, a partir do momento que você tem uma doença dessa [coronavírus] e se vem a queimada, ela vai matar mais pessoas. Vai provocar piora de pessoas. Então é importante que não se aconteça [a queimada]”, disse.

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