Iniciativa teve apoio do governo da França. Especialistas estimam que 60% das pessoas no país precisariam ter acesso ao dispositivo para que ela seja eficaz. Ministro encarregado de assuntos sobre tecnologia, Cédric O, mostra aplicativo de rastreamento de casos de novo coronavírus em foto de 2 de junho
Ludovic Marin/AFP
Cerca de 600 mil franceses baixaram em menos de 24 horas o aplicativo de celular criado na França para rastrear possíveis contágios com o novo coronavírus, afirmou nesta quarta-feira (3) o ministro encarregado de assuntos digitais, Cédric O.
“É um bom começo”, disse O ao canal France 2. A empresa de análise de aplicativos AppAnnie disse que StopCovid está no topo da lista de downloads na França para celulares Android da Apple e Google.
Os aplicativos de rastreamento do coronavírus são considerados uma ferramenta vital para frear a propagação da Covid-19, que matou quase 29 mil pessoas na França.
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Os governos de todo o mundo desenvolveram aplicativos, por conta própria ou com a ajuda de empresas privadas como Apple e Google, que se uniram para fornecer programas de rastreamento compatíveis entre seus telefones.
Muitos utilizam a tecnologia bluetooth que permite aos celulares “ver” se uma pessoa entrou em contato próximo com alguém que testou positivo para o vírus, assumindo que a pessoa infectada introduziu o diagnóstico no aplicativo.
A França se negou a trabalhar com a Apple e Google para seu aplicativo, devido a preocupações de privacidade de dados.
O uso do aplicativo StopCovid é voluntário e os funcionários garantem que não se pode revelar dados pessoais para outros usuários.
Adesão
12 de maio: dois idosos esperam ônibus em Crépy-en-Valois, a nordeste de Paris, na França.
François Nascimbeni / AFP
Os especialistas em saúde afirmam que pelo menos 60% da população precisa usar a tecnologia para que seja efetiva.
No entanto, vários países não alcançaram esse objetivo, inclusive países asiáticos que estiveram entre os primeiros a implementar aplicativos de rastreamento.
Cédric O disse que esperava que “vários milhões de franceses” baixassem o aplicativo, que é útil principalmente em áreas muito frequentadas “como bares e restaurantes, transporte público e comércios”.
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