Comércio paulista acumula perda de R$ 71 bilhões desde o início da pandemia, devido às medidas de restrição para combater a Covid-19. Calçadão de São José dos Campos fica movimentado em dia de reabertura de comércio
Reprodução/ TV Vanguarda
A reabertura das atividades econômicas terá custo elevado para as empresas. As exigências de testagem dos empregados para Covid-19, a limitação da capacidade de atendimento a 20%, e a restrição de quatro horas de funcionamento acarretarão mais despesas, segundo Ivo Dall’Acqua Junior, vice-presidente da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
“Conversamos diariamente com as autoridades para encontrar melhores alternativas para a retomada econômica”, afirmou Dall’Acqua. O comércio paulista acumula perda aproximada de R$ 71 bilhões entre 24 março e 2 de junho devido à suspensão do atendimento dos consumidores nas lojas.
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Na avaliação da FecomercioSP, que representa 1,8 milhão de empresas com cerca de 10 milhões de funcionários, os custos para a reabertura são relevantes aos pequenos e médios que amargam queda no faturamento há meses. Na cidade de São Paulo, as empresas devem submeter à prefeitura protocolos sanitários para serem aprovados pelas autoridades.
“O dono de negócio no Jardim Ângela [extremo sul da capital] não tem condições de comprar testes como determina o decreto. O valor do teste é mais de 10% do salário médio do trabalhador do comércio”, observou o vice-presidente da federação.
Outras preocupações são a lotação no transporte público e o respeito da população à quarentena. Para respeitar o distanciamento social de 1,5 metro, as lojas atenderão número reduzido de clientes porque a lotação máxima inclui o número de funcionários.
Logo, uma pessoa precisará controlar o fluxo na entrada e disponibilizará álcool em gel, assim como estão fazendo os supermercados, atacados e drogarias.
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Transporte público
Nos terminais urbanos são transportados 225 mil passageiros no horário de pico, entre 6h45 e 8h15, mas o ideal seria cair para 160 mil pessoas. Para Dall’Acqua, a aglomeração nos ônibus, trens e metrôs é um risco para os funcionários e consumidores e que diminui a eficácia do protocolo com fluxo nos pontos de venda e testagem para a reabertura.
“O ideal seria cada empresa modular sua própria escala de funcionamento, mas vamos nos adequar a este cenário”, disse o executivo. “O importante é que o diálogo com o governo do Estado acontece duas vezes por semana e na prefeitura a interlocução é diária.”
Por enquanto, a prefeitura da capital não deu prazo para conceder as autorizações de reabertura das lojas. A quarentena no município está prevista para terminar em 15 de junho.
Até lá, comércio e serviços vão retomar as atividades gradualmente se a prefeitura aprovar um protocolo apresentado pelos empresários com base nas orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS). Lojas de rua, shopping centers, escritórios, concessionárias de veículos e imobiliárias precisarão seguir as regras.
De acordo com o vice-presidente da FecomercioSP, a entidade também faz reuniões virtuais com a Associação Comercial de São Paulo (ACSP) para auxiliar as empresas no envio dos documentos às autoridades.
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