Flagrante ocorreu durante fiscalização contra crimes ambientais nesta semana e ninguém foi preso. Terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau é alvo de ações de desmatamento. Barracas foram encontradas durante fiscalização da Polícia Ambiental e Funai em terra indígena de Rondônia.
Divulgação/Associação Kanindé
Equipes do Batalhão da Polícia Ambiental (BPA) e da Fundação Nacional do Índio flagraram nesta semana um garimpo e atos de extração de madeira no entorno da terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau, no município de Campo Novo de Rondônia. Além da abertura de uma estrada, barracos, uma serra e de madeira foram encontradas. Ninguém foi preso.
De acordo com boletim de ocorrência, o flagrante ocorreu em meio aos trabalhos dos órgãos para frear crimes ambientais.
Primeiro, os fiscais se depararam com uma estrada em fase de abertura já com cinco quilômetros de largura e comprimento, dando acesso a uma área antiga de assentamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).
Depois, encontraram barracos montados e uma serra, além de madeira já serrada. Nenhum suspeito responsável pelo crime foi encontrado.
Alvo de desmatamento
A TI Uru-Eu-Wau-Wau é alvo constante do desmatamento. No ano passado, ficou entre as 10 terras mais desmatadas do país. Com 1.857 mil hectares de área, a Uru-Eu-Wau-Wau já perdeu 42,54 km² entre 2008 e novembro de 2019, conforme dados do Prodes.
A floresta na terra indígena Uru-Eu-Wau-Wau garante a sobrevivência de cinco povos, sendo dois isolados, ou seja, sem qualquer contato com pessoas de fora da aldeia. Eles dependem exclusivamente do que a mata oferece. A terra também está na lista das mais desmatadas do país.
De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), duas áreas invadidas foram ocupadas pela Associação Rural Rio Bonito, do município de Campo Novo de Rondônia, que estaria loteando e comercializando as áreas.
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